sexta-feira, 19 de junho de 2015

LIVRO - EU PRIMATA - FRANS DE WAAL - MINHAS ANOTAÇÕES - VI - O PRIMATA BIPOLAR - EM BUSCA DO EQUILIBRIO

Oi gente:

Para vocês que estão acompanhando a postagem do Livro - Eu Primata de Frans de Waal - Aí vai o último capítulo com as minhas anotações. Espero que tenham curtido e obrigada pela visita ao meu  Blog. Um abraço. 


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VI – O PRIMATA BIPOLAR – EM BUSCA DO EQUILÍBRIO.

Somos bipolares, isto é, temos aparências semelhantes tanto aos chimpanzés quanto aos bonobos.

A sociedade humana só foi possível com a solidariedade, pois o egoísmo de nada possibilitaria essa construção. “Os grandes primatas não humanos conhecem essa solidariedade”.

A solidariedade transcende os princípios impregnados na ideologia de muitas pessoas, principalmente de cultura Ocidental: ela vai além da máxima da “sobrevivência do mais apto”, colocando animais que desfrutam de “tolerância e apoio consideráveis” em uma sociedade dotada de reciprocidade. Todavia, a vida em grupo garante a sobrevivência do grupo, mas, sendo transcendida, trata de ajudar cada membro, ainda que não apto.

Na seleção natural tudo se encaixa em um ponto ótimo. Ou seja, aquele ponto demarca o equilíbrio do processo evolutivo de uma dada espécie. Logo, todas as características manifestas por esta espécie lhes são apodíticas para a sobrevivência, mas tão-somente até aquele ponto.  

“Em um mundo bipolar, toda capacidade alude ao seu oposto”.

 “A evolução é um processo dialético”, ou seja, ela é resultante do embate entre opostos, da bipolaridade.

Os chimpanzés são mais violentos e os bonobos mais calmos; ambos resolvem conflitos e competem, porém, mesmo que eles possuam as duas tendências, cada um atinge um equilíbrio diferente.

O “comportamento humano é uma combinação de impulso e inteligência”.

“A dissimulação é nossa velha conhecida, e a praticamos o tempo todo”, mas esta não é única e exclusivamente uma conhecida humana: os chimpanzés também parecem dissimular. “Manter as aparências é uma das coisas que temos em comum com os outros grandes primatas”.

Instintos e módulos restringiriam comparações entre humanos e outros primatas, mas esta deve ser transcendida, pois as ações desses seres são demarcadas inteligentes. É certo que o ser humano pode ver mais longe, mas esses seres aplicam todas as suas capacidades cerebrais para resolver dilemas e outros problemas. 

“A expressão ‘capital social’ refere-se à segurança pública e ao senso de segurança derivado de um meio previsível e de uma densa rede social”. A sociedade moderna, a qual desloca o ser humano em vários locais físicos, viola a regra do capital social: a comunidade é diluída. “Estamos atrelados a uma psicologia humana moldada por milhões de anos de vida em pequenas comunidades, e por isso temos a necessidade de estruturar o mundo à nossa volta de algum modo reconhecível por essa psicologia”.

“A empatia é a única arma no repertório humano capaz de nos livrar da maldição da xenofobia”.

“Em nós existem tanto o lado chimpanzé, que estorva as relações amistosas entre grupos, como o lado bonobo, que permite a mistura sexual e o grooming, do outro lado da fronteira”.






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